terça-feira, 29 de outubro de 2019

segunda-feira, 28 de outubro de 2019


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No entardecer da terra,
O sopro do longo outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão.

Soergue as folhas, e pousa
As folhas volve e revolve
Esvai-se ainda outra vez.
Mas a folha não repousa
E o vento lívido volve
E expira na lividez.

Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E mesmo o que hoje sou
Amanhã direi: quem dera
Volver a sê-lo! mais frio.
O vento vago voltou.

Fernando Pessoa

Dia Internacional da Animação



A animação é uma arte que cria a ilusão de movimento através de uma sequência de imagens que exibem uma fase diferente de animação. A animação original era feita à mão mas atualmente a animação é feita principalmente por intermédio do computador, via CGI (Computer-generated imagery – imagens geradas por computador).

Foi a 28 de outubro de 1892 que se registou a primeira exibição de imagens animadas do mundo: a exibição do filme Pauvre Pierrot, por Emile Reynaud no seu teatro ótico, no Museu Grevin, em Paris.

Casa da Animação é quem organiza tradicionalmente as celebrações em Portugal.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019




A iniciativa Chá com Livros tem como objetivo criar um espaço de partilha de experiências e de leituras que,  de um  modo informal,  permitirá divulgar o gosto pelos livros através dos seus leitores mais apaixonados. Neste dia, encarregados educação trocarão impressões sobre os livros que mais os marcaram na sua vida pessoal.


sexta-feira, 18 de outubro de 2019


Decorreu, ontem, com sucesso, o encontro com o escritor David Machado, no auditório da nossa escola. Os alunos portaram-se bem e a escola agradece a todos aqueles que tornaram possível a realização desta atividade.






quarta-feira, 16 de outubro de 2019





Nas estantes os livros ficam
(até se dispersarem ou desfazerem)
enquanto tudo
passa. O pó acumula-se
e depois de limpo
torna a acumular-se
no cimo das lombadas.
Quando a cidade está suja
(obras, carros, poeiras)
o pó é mais negro e por vezes
espesso. Os livros ficam,
valem mais que tudo,
mas apesar do amor
(amor das coisas mudas
que sussurram)
e do cuidado doméstico
fica sempre, em baixo,
do lado oposto à lombada,
uma pequena marca negra
do pó nas páginas.
A marca faz parte dos livros.
Estão marcados. Nós também.

Pedro Mexia, in "Duplo Império"









Uma Casa Cheia de Livros

Os livros, esses animais sem pernas, mas com olhar, observam-nos mansos desde as prateleiras. Nós esquecemo-nos deles, habituamo-nos ao seu silêncio, mas eles não se esquecem de nós, não fazem uma pausa mínima na sua vigia, sentinelas até daquilo que não se vê. Desde as estantes ou pousados sem ordem sobre a mesa, os livros conseguem distinguir o que somos sem qualquer expressão porque eles sabem, eles existem sobretudo nesse nível transparente, nessa dimensão sussurrada. Os livros sabem mais do que nós mas, sem defesa, estão à nossa mercê. Podemos atirá-los à parede, podemos atirá-los ao ar, folhas a restolhar, ar, ar, e vê-los cair, duros e sérios, no chão.

(...) Os livros, esses animais opacos por fora, essas donzelas. Os livros caem do céu, fazem grandes linhas retas e, ao atingir o chão, explodem em silêncio. Tudo neles é absoluto, até as contradições em que tropeçam. E estão lá, aqui, a olhar-nos de todos os lados, a hipnotizar-nos por telepatia. Devemos-lhes tanto, até a loucura, até os pesadelos, até a esperança em todas as suas formas.

José Luís Peixoto, in Abraço




OS LIVROS

Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos

José Jorge Letria, Pela casa fora
1997




O David vem à escola

Encontro com o escritor David Machado, amanhã,
                     na nossa escola.



terça-feira, 15 de outubro de 2019

O poema duvidoso


Se te escrever um poema 
Qual vai ser tua reação,
Talvez um olhar ou um abrir do coração
Mas também o podes rasgar, rasgar sem compaixão 
Pois o amor dói
E não tem cura senão 
Uma amor correspondido, vivido.

                                                                                    Frederica Gomes, 7ºF

Olhares




Olho para os teu olhos verdes 
Verdes como duas esmeraldas
Esmeraldas cristalinas
Como as tua palavras.

Olho para o teu olhar castanho e profundo
Como a escuridão
Onde o teu sorriso
Realça o meu coração.

                                                   Frederica Gomes-7ºF

terça-feira, 8 de outubro de 2019

5 de outubro


Encontram-se em exposição alguns trabalhos do 2º ciclo, no âmbito da disciplina de HGP,  comemorativos da Implantação da República.

DESCOBRE QUEM É!!!



Concurso


- Diariamente será afixada na vitrina a biografia de um autor relacionado com uma das tuas disciplinas.
- Descobre quem é o autor através da sua biografia e ganha um prémio surpresa.
- Quantas mais vezes acertares no nome do autor maior é a possibilidade de ganhares o prémio no final do concurso.

O que deves fazer:
Todos os dias estará na vitrina destinada à biblioteca (junto ao bufete) um novo desafio. Descobre quem é o autor e durante o dia escreve a tua resposta na biblioteca, em boletim próprio.

Todos os dias será:
-  afixada a resposta do desafio anterior,
- dado o nome do vencedor anterior,
- afixada a tua posição na lista de vencedores,
-afixado um novo desafio

No fim do 1ºperíodo, quem mais desafios superar será o Vencedor

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O dia mais feliz da minha vida


       O dia mais feliz da minha vida foi o primeiro dia de escola do 5º ano. Uma semana antes estava ansiosa, mas na véspera estava ainda mais… Sentia-me nervosa e curiosa, pois não conhecia ninguém. Queria saber quem eram os professores, os colegas e…como seriam as disciplinas que nunca tinha tido antes.
   Mas depressa me esclareci! Era tudo tão bom que quase era perfeito. No primeiro dia saí da escola cheia de alegria e em casa pensei que tinha sido o melhor dia da minha vida.
                                                                                     Marina Zuzarte, 5ºA

sexta-feira, 4 de outubro de 2019







OS LIVROS


Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais,
tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
Ofício de Paciência, Eugénio de Andrade



Um livro
Levou-me um livro em viagem
não sei por onde é que andei
Corri o Alasca, o deserto
andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei
Com um livro cruzei o mar,
não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro levou-me p’ra longe
não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas
no meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro levou-me com ele
até ao coração de alguém
E aí me enamorei –
de uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro num passe de mágica
tocou-me com o seu feitiço:
Deu-me a paz e deu-me a guerra,
mostrou-me as faces do homem
– porque um livro é tudo isso.
Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
– porque um livro é afinal…
um pouco da vida, bem sei.
O G é um gato enroscado, João Pedro Mésseder

terça-feira, 1 de outubro de 2019

DIA MUNDIAL DA MÚSICA

O Dia Mundial da Música comemora-se anualmente a 1 de outubro.
A data foi instituída em 1975 pelo International Music Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música.
Também, hoje, na escola a música pairou e uniu pessoas...foi lindo!!!