VOANDO COM A IMAGINAÇÃO
Os alunos do 9ºD gostam muito de escrever. Que
pena o programa de Português não permitir que estes jovens escrevam com mais
frequência! Temos que cumprir as metas…as metas. Por vontade deles, passavam
todas as aulas a escrever. Escrita criativa e lúdica. E eu adorava que isso
fosse possível! A última proposta deu-lhes a oportunidade de darem asas à
imaginação. A partir
de uma imagem podiam escrever o que quisessem: descrever a imagem,
encarnar o papel da jovem que surge nela, penetrar nos seus pensamentos, ser um
mero narrador observador e criar uma história a partir da imagem… ou esta ser
apenas um pretexto para reflexões de carácter mais “filosófico”. A Mariana Sousa
já enviou o seu texto. Espero que os outros alunos o
façam também. É muito enriquecedor este momento de partilha. Ficamos a
aguardar.
Eis
a imagem a partir da qual os alunos redigiram os seus textos.
É uma vasta
tristeza e solidão.
Sozinha e
com frio, no entanto, preocupando-se com um bem menor do que a sua frágil
estrutura.
O frio é tão
psicológico como todos os problemas e questões existenciais da nossa passagem
terrena.
Será que
naquele ambiente negro, a sua mente encontrar-se-á no mesmo estado?
Será que a
rapariga em questão só quer ficar à deriva?
Perguntar-se-á,
olhando para toda aquela sensação de infinito proporcionada pela natureza, que
a existência dela representa um grão de areia?
Suponho que
seja uma questão de perspetiva; e é tão triste olhar para uma pessoa e
apercebermo-nos que nunca a iremos conhecer, que tudo o que ela pensa ou
realmente diz, não é dito.
Isso leva-me
a afirmar que a existência é dolorosa e sofredora. “Sem dor não poderíamos
reconhecer o prazer” disse John Green, mas não devia o sofrimento ser uma
passagem ainda menor que a vida, um mero fôlego? Voltar ao caminho que é a
felicidade e existir, realmente, é muito mais complexo do que se pensa. Existir
é muito mais difícil do que nascer. “Como irei sair deste labirinto?” é só uma
das muitas questões sofredoras a que nos proporcionamos, a dado ponto da nossa
vida. Depressa e a direito, tinham-me dito. Mas a verdade é que está
completamente errado. Perdoando. Seguindo. Sobrevivendo. Saindo de um canto do
labirinto e vaguearmos; e aposto que foi isso mesmo que ela fez. Vagueou até
ali ir parar.
A vida é a
maldita “Grande Incógnita”. Não é a morte, nem o que vem depois, porque de
facto é só morrer. Fechar os olhos. A morte não é eterna. A morte é morrer e
depois virá outra maneira de estar; a “Grande Incógnita” é a iluminação e
aprendermos que nada saberemos sobre nós, nem o que vem a seguir. A “Grande
Incógnita” é saber não desvalorizar o passado, nem tornar o futuro expectante. É
termos consciência que tudo tem de estar interligado para nós fazermos sentido.
Para
sobreviver precisamos de procurar um sentido para tal e é isso que ela está a
fazer. Está a refletir, sozinha, sem outras pessoas para a influenciarem na sua
escolha.
Concluo que
a reflexão é a base da existência. Por exemplo, as últimas palavras de Thomas
Edison foram: “Ali é bonito”; sabemos que é bonito, mas será que chegámos ao
ali?
Carolina
A./ 9ºD
O lago das promessas
Quando era mais nova, a história que eu mais
gostava de ouvir era o conto do “Lago dos Cisnes”.
Da imensidão de livros empilhados na
prateleira do meu quarto, pedia sempre que me lessem essa mesma história, pois
mais nenhuma me afastava os pesadelos e me fazia sonhar como se já não fosse
acordar mais.
Esse livro já era da minha tia Elena, que,
como não teve filhos, ofereceu-mo a mim. Essa é uma das razões por que gostava
tanto dele. Alastrava-se um cheirinho a livro antigo sempre que a minha mãe
abria a sua grossa capa para começar a lê-lo para mim e as suas esbeltas
gravuras cheias de cor, fascinavam-me assim tanto como a bonita história de
amor e harmonia.
Naquela altura tudo era mágico para mim.
Vivia a sonhar com príncipes e princesas, reis e rainhas, cisnes e unicórnios.
Um dia, numa tarde de inverno, regressava eu
a pé da escola de mochila às costas, quando avistei em frente ao pequeno
quintal da minha casa um carro vermelho que me era familiar.
Era o carro da tia Elena!
- A madrinha está cá! – exclamei.
E corri o mais depressa que consegui, entre a
neve amontoada que o nevão da noite passada havia deixado nas ruas da pequena
aldeia.
Ao chegar a casa, corri assim que pude para
os braços da minha tia que me esperava, junto dos meus pais, para um delicioso
lanche em família.
A tia Elena era a pessoa de que eu mais
gostava. Apesar de a ver apenas uma ou duas vezes por ano, ou às vezes nem
isso, ela nunca se esquecia de mim: enviava postais quando ia viajar,
telefonava quando podia, mandava um presente quando não podia estar presente no
meu aniversário. Desde que me lembro as semanas com ela eram sempre as mais
divertidas.
Mas desta vez, uma coisa foi diferente. A
despedida.
Quando cheguei a casa naquela sexta-feira, as
suas malas já estavam à porta. Despedir-me da minha tia sempre foi muito
difícil, mas desta vez senti um nó que me apertada a garganta e mal conseguia
falar.
Ela apareceu no corredor e pediu-me que não
descalçasse as botas:
-Quero mostrar-te uma coisa antes de partir –
disse ela.
Nisto pegou-me na mão e abriu a porta. Eu
segui-a sem hesitar. Atravessámos a minha rua e dirigimo-nos para a direção
oposta ao centro da pequena aldeia. Entrámos, então, num bosque para onde eu
jamais estaria autorizada a ir sozinha. A neve começara a cair, vestindo as
árvores de branco. Mas eu não sentia medo. Senti de imediato uma alegria,
espanto. Um bosque, pensava eu. Aqui, tão perto de mim? Assim como o bosque do
conto do “Lago dos Cisnes”! Andámos mais um pouco e, por fim, a tia Elena
parou, mesmo em frente a um pequeno lago. Assim como o da história.
Olhei a minha tia, boquiaberta. Ela sorria
como nunca a tinha visto sorrir. Como teria descoberto aquele lugar
maravilhoso?
-Quando eu e o teu pai éramos mais novos,
íamos brincar para um parque quando vínhamos da escola. Esse parque tinha um
lago como este. – Disse, sem tirar os olhos do pequeno lago.
- Esse lago tinha cisnes? – perguntei.
- Não - disse, rindo um pouco – mas, sempre
que lá ia, levava comigo a esperança de ver lá um. Lá, havia patos.
- Patos? – Espantei-me.
- Sim. Eu guardava um pouco da merenda que
levava para a escola para os alimentar.
- E achas que aqui poderá haver patos ou
cisnes? – perguntei.
- Humm! Acho que não, querida – disse,
ajoelhando-se e olhando-me nos olhos – mas se algum dia vires um aqui, vais
lembrar-te de mim, está bem?
- Está bem. – prometi.
Voltámos para casa em silêncio. Eu
maravilhada com tudo o que acabara de ver e a minha tia com o ar triste comum,
do dia da despedida. Eu bem sabia o porquê de ela ficar sempre assim. A tia
Elena escolhera uma profissão arriscada: tornou-se hospedeira de bordo. Foi uma
escolha contra a vontade do meu pai, mas era o desejo dela desde pequena. Por
isso, mesmo a muito custo, apoiou-a na sua decisão. Mas eu não pensava nisso.
- Será o nosso pequeno segredo – disse,
piscando-me o olho antes de chegarmos a casa.
Depois daquele dia, comecei a ir sempre
àquele lugar. Nunca dissera a ninguém que ia lá todos os dias. Aquele lugar era
meu e da tia Elena, não fazia sentido partilhá-lo com mais alguém. No entanto,
passou o inverno, depois veio o verão e nem sinal de patos ou cisnes no lago. Nos
dois anos seguintes, a tia não conseguiu vir visitar-nos. Acabei por desistir
de lá ir. Desisti de acreditar, de guardar parte da minha merenda para os patos
que esperava encontrar no lago, mas que, de facto, nunca apareceram.
Até que chegara um novo inverno e com ele uma
notícia inesperada. Havia eu chegado a casa. A minha mãe abriu-me a porta com uma
expressão que até então me era desconhecida, mas não fiz perguntas. Ajudou-me a
tirar o casaco, o cachecol e as botas. Pegou-me na mão e levou-me até à sala.
Ordenou que me sentasse e fez-me prometer que fosse forte. Acenei
afirmativamente com a cabeça, sem perceber o que se estava a passar. Por fim,
colocou-se de joelhos à minha frente, pegou nas minhas mãos e olhando-me nos
olhos disse, gaguejando:
- A tua tia Elena…oh querida! Ela…ela partiu.
Petrifiquei naquele momento a tentar digerir
aquela recente informação. Todas as memórias com ela passaram diante dos meus
olhos. Eu não queria acreditar, eu não conseguia acreditar no que acabara de
ouvir.
- Não! – gritei, levantando-me bruscamente. –
Não pode ser! A tia Elena não!
- Ó minha querida, não sei o que te hei de
dizer! – disse-me, levantando-se também.
As lágrimas começaram a escorrer-me do rosto
e o mesmo aconteceu com a minha mãe. A tia Elena era como uma irmã para ela.
- O lago! – lembrei-me de repente. E nisto,
corri para o corredor, calcei as botas, vesti o casaco, pus o cachecol em volta
do pescoço.
- Mas onde vais tu? – perguntava a minha mãe.
- Tenho de me despedir da tia Elena –
respondi, saindo de casa.
Limpei as lágrimas do rosto e fui o mais
depressa que conseguia, correndo entre a neve amontoada no caminho. Tal como no
dia da despedida começara a nevar. Estava quase a chegar ao lago quando de
repente ouvi…
- Quaquá.
Parei assustada. O barulho parecia ter
parado, mas depois ouvi:
- Quaquá, quaquá, quaquá.
Lá estava o barulho outra vez!
-Quaquá, quaquá.
Nem queria acreditar quando vi de onde vinha
o barulho: do lago. Estavam patos no lago! Não dois, nem três. Eram pelo menos
uma dúzia de patos que brincavam alegremente no pequeno laguinho.
Aproximei-me devagar para não os assustar e
sentei-me junto do lago a contemplá-los.
- Tia Elena – disse olhando para o céu escuro
que ameaça uma tempestade.
Retirei um pouco de pão seco que se
encontrava no bolso do meu casaco e aqui estou eu, num dia frio de inverno, no
meio de um bosque, junto ao lago agora habitado por um bando de patos que
alimento, enquanto penso em quem já não volta.
Maria
Beatriz Carmo, n.º 17, 9.ºD
O lago das promessas
Quando era mais nova, a história que eu mais
gostava de ouvir era o conto do “Lago dos Cisnes”.
Da imensidão de livros empilhados na
prateleira do meu quarto, pedia sempre que me lessem essa mesma história, pois
mais nenhuma me afastava os pesadelos e me fazia sonhar como se já não fosse
acordar mais.
Esse livro já era da minha tia Elena, que,
como não teve filhos, ofereceu-mo a mim. Essa é uma das razões por que gostava
tanto dele. Alastrava-se um cheirinho a livro antigo sempre que a minha mãe
abria a sua grossa capa para começar a lê-lo para mim e as suas esbeltas
gravuras cheias de cor, fascinavam-me assim tanto como a bonita história de
amor e harmonia.
Naquela altura tudo era mágico para mim.
Vivia a sonhar com príncipes e princesas, reis e rainhas, cisnes e unicórnios.
Um dia, numa tarde de inverno, regressava eu
a pé da escola de mochila às costas, quando avistei em frente ao pequeno
quintal da minha casa um carro vermelho que me era familiar.
Era o carro da tia Elena!
- A madrinha está cá! – exclamei.
E corri o mais depressa que consegui, entre a
neve amontoada que o nevão da noite passada havia deixado nas ruas da pequena
aldeia.
Ao chegar a casa, corri assim que pude para
os braços da minha tia que me esperava, junto dos meus pais, para um delicioso
lanche em família.
A tia Elena era a pessoa de que eu mais
gostava. Apesar de a ver apenas uma ou duas vezes por ano, ou às vezes nem
isso, ela nunca se esquecia de mim: enviava postais quando ia viajar,
telefonava quando podia, mandava um presente quando não podia estar presente no
meu aniversário. Desde que me lembro as semanas com ela eram sempre as mais
divertidas.
Mas desta vez, uma coisa foi diferente. A
despedida.
Quando cheguei a casa naquela sexta-feira, as
suas malas já estavam à porta. Despedir-me da minha tia sempre foi muito
difícil, mas desta vez senti um nó que me apertada a garganta e mal conseguia
falar.
Ela apareceu no corredor e pediu-me que não
descalçasse as botas:
-Quero mostrar-te uma coisa antes de partir –
disse ela.
Nisto pegou-me na mão e abriu a porta. Eu
segui-a sem hesitar. Atravessámos a minha rua e dirigimo-nos para a direção
oposta ao centro da pequena aldeia. Entrámos, então, num bosque para onde eu
jamais estaria autorizada a ir sozinha. A neve começara a cair, vestindo as
árvores de branco. Mas eu não sentia medo. Senti de imediato uma alegria,
espanto. Um bosque, pensava eu. Aqui, tão perto de mim? Assim como o bosque do
conto do “Lago dos Cisnes”! Andámos mais um pouco e, por fim, a tia Elena
parou, mesmo em frente a um pequeno lago. Assim como o da história.
Olhei a minha tia, boquiaberta. Ela sorria
como nunca a tinha visto sorrir. Como teria descoberto aquele lugar
maravilhoso?
-Quando eu e o teu pai éramos mais novos,
íamos brincar para um parque quando vínhamos da escola. Esse parque tinha um
lago como este. – Disse, sem tirar os olhos do pequeno lago.
- Esse lago tinha cisnes? – perguntei.
- Não - disse, rindo um pouco – mas, sempre
que lá ia, levava comigo a esperança de ver lá um. Lá, havia patos.
- Patos? – Espantei-me.
- Sim. Eu guardava um pouco da merenda que
levava para a escola para os alimentar.
- E achas que aqui poderá haver patos ou
cisnes? – perguntei.
- Humm! Acho que não, querida – disse,
ajoelhando-se e olhando-me nos olhos – mas se algum dia vires um aqui, vais
lembrar-te de mim, está bem?
- Está bem. – prometi.
Voltámos para casa em silêncio. Eu
maravilhada com tudo o que acabara de ver e a minha tia com o ar triste comum,
do dia da despedida. Eu bem sabia o porquê de ela ficar sempre assim. A tia
Elena escolhera uma profissão arriscada: tornou-se hospedeira de bordo. Foi uma
escolha contra a vontade do meu pai, mas era o desejo dela desde pequena. Por
isso, mesmo a muito custo, apoiou-a na sua decisão. Mas eu não pensava nisso.
- Será o nosso pequeno segredo – disse,
piscando-me o olho antes de chegarmos a casa.
Depois daquele dia, comecei a ir sempre
àquele lugar. Nunca dissera a ninguém que ia lá todos os dias. Aquele lugar era
meu e da tia Elena, não fazia sentido partilhá-lo com mais alguém. No entanto,
passou o inverno, depois veio o verão e nem sinal de patos ou cisnes no lago. Nos
dois anos seguintes, a tia não conseguiu vir visitar-nos. Acabei por desistir
de lá ir. Desisti de acreditar, de guardar parte da minha merenda para os patos
que esperava encontrar no lago, mas que, de facto, nunca apareceram.
Até que chegara um novo inverno e com ele uma
notícia inesperada. Havia eu chegado a casa. A minha mãe abriu-me a porta com uma
expressão que até então me era desconhecida, mas não fiz perguntas. Ajudou-me a
tirar o casaco, o cachecol e as botas. Pegou-me na mão e levou-me até à sala.
Ordenou que me sentasse e fez-me prometer que fosse forte. Acenei
afirmativamente com a cabeça, sem perceber o que se estava a passar. Por fim,
colocou-se de joelhos à minha frente, pegou nas minhas mãos e olhando-me nos
olhos disse, gaguejando:
- A tua tia Elena…oh querida! Ela…ela partiu.
Petrifiquei naquele momento a tentar digerir
aquela recente informação. Todas as memórias com ela passaram diante dos meus
olhos. Eu não queria acreditar, eu não conseguia acreditar no que acabara de
ouvir.
- Não! – gritei, levantando-me bruscamente. –
Não pode ser! A tia Elena não!
- Ó minha querida, não sei o que te hei de
dizer! – disse-me, levantando-se também.
As lágrimas começaram a escorrer-me do rosto
e o mesmo aconteceu com a minha mãe. A tia Elena era como uma irmã para ela.
- O lago! – lembrei-me de repente. E nisto,
corri para o corredor, calcei as botas, vesti o casaco, pus o cachecol em volta
do pescoço.
- Mas onde vais tu? – perguntava a minha mãe.
- Tenho de me despedir da tia Elena –
respondi, saindo de casa.
Limpei as lágrimas do rosto e fui o mais
depressa que conseguia, correndo entre a neve amontoada no caminho. Tal como no
dia da despedida começara a nevar. Estava quase a chegar ao lago quando de
repente ouvi…
- Quaquá.
Parei assustada. O barulho parecia ter
parado, mas depois ouvi:
- Quaquá, quaquá, quaquá.
Lá estava o barulho outra vez!
-Quaquá, quaquá.
Nem queria acreditar quando vi de onde vinha
o barulho: do lago. Estavam patos no lago! Não dois, nem três. Eram pelo menos
uma dúzia de patos que brincavam alegremente no pequeno laguinho.
Aproximei-me devagar para não os assustar e
sentei-me junto do lago a contemplá-los.
- Tia Elena – disse olhando para o céu escuro
que ameaça uma tempestade.
Retirei um pouco de pão seco que se
encontrava no bolso do meu casaco e aqui estou eu, num dia frio de inverno, no
meio de um bosque, junto ao lago agora habitado por um bando de patos que
alimento, enquanto penso em quem já não volta.
Maria
Beatriz Carmo, n.º 17, 9.ºD
Cristais que caem no meu rosto. Que gélido!
Um animal voador apega-se a mim. Precisará ele de aconchego? Que querido e
mansinho que é! Volto no dia seguinte com comida. Tive pena do bichinho,
pobrezinho! Dou-lhe um bocadinho ao seu biquinho e não é que vêm mais uns dez
bichanos pôr-se à minha volta? Parecem pombos robustos! Mas eu já vi um pombo,
e não são assim… talvez seja uma espécie desconhecida! Quem sabe?!...
Parecem tão felizes no seu laguinho! Queria voar! Bem. Não é bem o ato de voar.
Queria… ser livre! Claro que nós, humanos, precisamos sempre de alguém que nos
guie por um caminho. Já decidi! Quando for grande quero voar, mas voar sobre os
meus pensamentos, voar sobre a ilusão.
Corro de imediato para casa a tentar mexer os braços o mais rápido possível. Não
resulta! Deito-me e subitamente caio num sono mais profundo que o oceano e
começo a voar. Sem asas, sem penas, só voo pelo mundo fora. Vou até às estrelas
e regresso e nesse exato momento a minha mãe diz-me:
- Vem, filha, que o almoço está pronto!
Voo só pelo cheirinho.
Mariana Sousa, n.º 18, 9ºD
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