No Natal passado recebi uma coisa fantástica dos meus avós,
um peluche. Estava em casa da minha tia, a passar a consoada, quando me
ofereceram o presente. Mas não era um peluche qualquer, era mágico, andava,
falava e compreendia-me, era a minha alma gémea. Ainda era um aprendiz, não
sabia muito bem como andar, mas a falar era profissional. Tinha um vocabulário
excelente, às vezes até me ajudava a estudar português. Mas o problema era que,
quando andava, chocava com tudo, com os móveis que tinha em casa… Tinha de
fazer alguma coisa, tinha de o ensinar a andar. Foi uma tarefa difícil, mas
finalmente, passado algum tempo, consegui ensiná-lo a andar.
Naqueles meses
notei que se passava qualquer coisa. Um dia, quando saí à rua para buscar o
jornal, vi uma folha pregada a uma árvore, que dizia: “Procura-se peluche”.
Quando vi
aquele anúncio percebi logo que o peluche afinal não era meu, tinha sido
trocado, por engano, numa loja. Foi muito difícil para mim entregar o peluche
ao seu verdadeiro dono, mas tinha de ser, era a atitude correta! Telefonei para
o número que estava no anúncio e combinei um encontro para fazer a entrega do
peluche. Como recompensa, o verdadeiro dono do peluche, um menino chamado
Rodrigo, deixou-me de recordação o chapéu que o peluche usava. E ainda hoje eu
e o Rodrigo somos grandes amigos e brincamos com o nosso peluche.
Esta minha
história tem um final feliz, embora não tenha ficado com o peluche de que tanto
gostava, a minha atitude fez com que encontrasse um bom amigo.
5ºC; N.º 5
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