para passar não pode ficar parado,
LÍNGUA PORTUGUESA- profª Paula Amaral
| Vendemos a tua filha,
Para ganhar dinheiro,
Achamos que não te ias
Importar, assim não tens que te preocupar onde a vais deixar…
Obrigada…
|
Minha culpa
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
FLORBELA ESPANCAFlorbela Espanca
O desafio “CIÊNCIA NA BIBLIOTECA” é coordenado pela Biblioteca Escolar, pela professora Rita Lopes, de Ciências Naturais e pela professora Mª João Costa, de Ciências Físico-Químicas.
O desafio está aberto a todos os alunos do 3º ciclo.
O desafio é composto por 2 eliminatórias.
Cada desafio / eliminatória é composto por 2 questões: uma sobre Ciências Naturais e outra sobre Ciências Físico-Químicas.
Os desafios são resolvidos na biblioteca.
Durante o prazo estipulado, os alunos podem continuar a resolução do mesmo desafio, em dias diferentes, mas o trabalho nunca sai da biblioteca, sendo sempre entregue à professora responsável pela biblioteca.
Para resolver os desafios, os alunos podem consultar todos os recursos existentes na biblioteca.
São apurados para a 2ª eliminatória / final os 3 alunos, de cada ano letivo (7º, 8º e 9º), que obtiverem os melhores resultados na 1ª eliminatória.

Participação no Projeto da Biblioteca Escolar
A árvore Caduca
Num enorme jardim, cercado por arbustos de variadíssimas espécies, situado perto da escola do 1º ciclo de uma vila do interior norte de Portugal, vive a Árvore Caduca. Caduca é uma linda árvore de grande porte, que tem o poder de ouvir e falar com as crianças da vila. A única árvore daquele jardim.
Na primavera, os seus ramos cobrem-se de folhas e de flores cor-de-rosa. No verão, fica carregada de saborosos e suculentos frutos. No Outono, a sua folhagem começa a mudar de cor, o verde-esmeralda passa a amarelo pintalgado de vermelho; e, por fim, mais murcha com tom de palha acaba por cair.
Agora, com a chegada do inverno, Caduca está muito triste. Os seus ramos nus formam rendilhados intermináveis que se erguem para o céu solitários. Caduca espera ansiosa pela chegada da sua amiga neve e pela companhia das crianças.
As crianças gostam muito desta sábia árvore, amiga e confidente. Todos os dias, a caminho da escola, passam pelo jardim e cumprimentam-na ou correm para ela a contar as novidades: “-Caduca, queres saber o que me aconteceu?!”,
“-Caduca, hoje vou visitar a minha avó!”. Ouvem-se as crianças gritar: “-Caduca, Caduca…”.
Mas a árvore sente a falta das suas brincadeiras, do corrupio e da algazarra dos animais e das aves que nas estações mais quentes a procuram e rodeiam, ora abrigando-se nos seus ramos, ora comendo satisfeitas os seus deliciosos frutos.
Certo dia, ao verem o desânimo da amiga árvore, a Laura e o João tomaram uma decisão, e resolveram pô-la em prática. Mal acabaram de chegar à escola contaram a todos os amigos a surpresa que pretendiam fazer. Todos concordaram. Voltaram a reunir-se à hora do intervalo da escola para combinarem tudo.
Os rapazes e as raparigas de rostos risonhos gritavam, trocavam ideias e opiniões, chamavam uns pelos outros entusiasmados, agrupavam-se e tomavam decisões no pátio da escola.
Logo pela manhã, de um lindo dia de Janeiro, ouvem-se as alegres vozes de um grupo de coral a cantar os Reis. A melodia paira no ar e espalha-se, entoando por toda a parte.
Chegou, finalmente, o tão esperado dia! Dentro da sala de aula os alunos curiosos, e com a permissão da professora vão até à janela. Alguns dizem: “-É o cantar dos Reis!”, “-Estão a cantar no jardim!” ou “-Podemos ir até ao jardim ver, professora?!”.
A professora, conhecedora de tudo, foi com os seus alunos até ao jardim, perto da Caduca. Aí, um grupo de rapazes e raparigas, com as caras rosadas pelo frio, cantava e tocava alegremente. Todos se sentiam felizes.
De repente, começam a cair muito leve, levemente, pequenos flocos de neve. Depois, com mais intensidade, a neve vai cobrindo e esbranquiçando tudo. Os ramos da Caduca ficam enfeitados de branco. Os meninos e meninas correm, riem e brincam com a neve. Aqui, um grupo de crianças faz um boneco de neve; além, outros deitados fazem anjos de neve.
A Caduca está feliz, porque agora tem a companhia da criançada, a brincar na neve, e a companhia dum pequeno pinheirinho que o pai do João tinha plantado naquela manhã.
Texto escrito pela turma do 3º A,
com a orientação da professora Ana Gorgulho