O Tesouro de Selma Lagerlöf
O Tesouro,
de Selma
Lagerlöf, recentemente recuperado pela Cavalo de Ferro na coleção Gente Independente, é efetivamente um “tesouro”.
Trata-se de uma pequena (em tamanho, não em grandeza, se me faço entender)
pérola da literatura sueca (e não só) do início do século XX. Uma das razões,
sem dúvida, que levou a que Selma Legerlöf se tornasse, em 1909, a primeira
escritora a ganhar o Nobel – ela é autora também de obras como A Viagem Maravilhosa de Nils Holgerssn Através da Suécia e A Saga de Gösta
Berling.
O Tesouro é uma espécie de fábula, com laivos
(muitos e intensos) de sobrenatural (as maldições são uma constante), onde o
tema central é o bem e o mal, e as dúvidas que os indivíduos sentem quando têm
de optar por um desses caminhos, especialmente quando em jogo há algo de
pessoal e íntimo. Selma Lagerlöf joga bem com as ambiguidades do ser humano, e,
dada a credibilidade que aplica na construção das personagens, leva o leitor a
ter dificuldade em julgar ou aplaudir quando decisões mais questionáveis são
tomadas. Porque, afinal, somos todos humanos e as personagens de O Tesouro bem refletem isso.
A EVASÃO
Estamos no verão de 1940 e o exército de Hitler está a
avançar por Paris, obrigando à evasão de milhões de civis franceses.
No meio do caos, duas crianças britânicas são perseguidas por
agentes alemães. O espião inglês Charles Henderson tenta alcançá-las primeiro,
mas só conseguirá fazê-lo com a ajuda de um órfão francês de 12 anos. Os
serviços secretos britânicos estão prestes a descobrir que as crianças podem
ajudá-los a vencer a guerra.
Para efeitos
oficiais, estas crianças não existe
LOBOS DO MAR
Filho de um multimilionário
americano, irritantemente presunçoso, impertinente e malcriado, Harvey estava
bem longe de imaginar que de uma tão simples prosápia como fumar um charuto
pudesse resultar uma tão grande modificação da sua vida. No entanto, assim
aconteceu. Após ter desmaiado no convés do paquete de luxo que o levava à
Europa, desperta a bordo de uma frágil embarcação de pesca na companhia de um
pescador português chamado Manuel que pertence a um navio pesqueiro.
Menosprezando o seu dinheiro e posição o capitão Disko Troop reduze-o a um
insignificante moço de limpezas e obriga-o a enfrentar a rude vida do mar. A
literatura juvenil enriqueceu-se, ganhou novas cores e personagens com este
clássico de Kipling. A tradução é de António Sérgio, notável ensaísta, crítico
e pedagogo.
CONVERGENTE
Sinopse
Uma escolha
Pode transformar-te
Uma escolha
Pode destruir-te
A tua escolha
Vai definir-te
A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída -
dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela
perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar
o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e
Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples,
livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.
Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que
deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a
angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da
natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem,
lealdade, sacrifício e amor.
Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente encerra de
forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo,
revelando por fim os segredos do universo Divergente.
Prémios
Veronica
Roth foi considerada a melhor
autora pelo GoodReads
Choice Awards em 2012. Divergente
foi eleito o melhor livro de 2011 e Insurgente o melhor livro de fantasia para
jovens-adultos em 2012, pela mesma entidade, a única cujas distinções são
atribuídas exclusivamente pelos leitores.
O RAPAZ QUE PRENDEU O VENTO
William Kamkwamba nasceu no Malawi, onde vivia na mais absoluta
pobreza e, aos 13 anos, teve de abandonar a escola por falta de meios. Mas isso
não refreou o seu otimismo nem a sua vontade de aprender e, graças a uma
biblioteca escolar, continuou a acompanhar as matérias escolares. Um dia
descobriu um livro que mudaria por completo a sua vida e que explicava o
funcionamento dos moinhos de vento. Utilizando materiais improvisados, muitas
vezes recolhidos em sucatas, William conseguiu montar dois moinhos de vento e,
assim, fornecer energia elétrica e água à sua pequena comunidade. O seu feito
tornou-se notícia em todo o mundo e é contado neste livro cativante, que
retrata os problemas que afligem o continente africano e sugere que as melhores
soluções não partem necessariamente da ajuda dos países ricos.
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