segunda-feira, 25 de julho de 2011

já não é possível


Já tudo é tudo. A perfeição dos
deuses digere o próprio estômago.
O rio da morte corre para a nascente.
O que é feito das palavras senão as palavras?

O que é feito de nós senão
as palavras que nos fazem
Todas as coisas são perfeitas de
Nós até ao infinito, somos pois divinos.

Já não é possível dizer mais nada
mas também não é possível ficar calado.
Eis o verdadeiro rosto do poema.
Assim seja feito a mais e a menos.


manuel antónio pina
ainda não é o fim
nem o princípio do mundo
calma
é apenas um pouco tarde
erva daninha

1982

quarta-feira, 20 de julho de 2011

mar dentro de folhas




Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso, solitário e antigo,
Parece bater palmas.

Sophia de Mello Breyner

Meio-Dia, p. 11

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fernanda de Castro por Maria Lencastre



No dia 21 de Maio, no auditório da EB D. Manuel I, realizou-se o Concurso de Poesia Declamada. Numa competição com um número considerável de participantes, bem como de assistentes, os concorrentes surpreenderam todos os presentes pela qualidade apresentada, nesta actividade organizada pelo Grupo Disciplinar de Língua Portuguesa (3.º ciclo).
A vencedora foi a aluna Maria Lencastre (7ºD), que declamou um belíssimo poema de Fernanda de Castro.