sexta-feira, 30 de setembro de 2011

outubro - mês das bibliotecas escolares


Em substituição do Dia Internacional da Biblioteca Escolar, a IASL (International Association of School Librarianship) criou o "Mês Internacional da Biblioteca Escolar" que é celebrado desde 2008, no mês de outubro. O lema para este ano é:“School Libraries Empower Learners for Life”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

contra o tempo (contratempo?)


Ó César

não sou uma mulher moderna
não me ligo à net
gosto de compras ao vivo
cujas listas faço em cadernos de argolas
que depois esqueço
e só me lembro de elixir para aclarar a voz,
tenho tantas embalagens
como Warhol de Tomato Soup
ou de detergente Brillo,
para que ao chegares a casa
te envolva, te abrace e te queira
mas nem só de voz vive o homem,
dizes tu,
e então a minha saúda-te
como a daqueles que vão morrer.

Ana Paula Inácio

revista Telhados de Vidro, nº3


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ainda o (novo) acordo ortográfico


Recado para os mais renitentes...é preciso mudar para que tudo continue na mesma...
Não é a primeira vez que, em Portugal, se revê o modo como se redige o Português. Ao longo do século XX, houve várias reformas ortográficas. Em 1911, por exemplo, suprimiu-se o uso do "y" e as consoantes duplas como o "ph", o "ll" ou o "th" e, por isso, os nossos antepassados deixaram de escrever "orthographia", "diccionario" e "physica". Depois, em 1945, caiu o trema na variante portuguesa e, em 1973, os advérbios de modo deixaram de ser acentuados.

Se tiveres dúvidas em relação ao novo acordo, no Portal da Língua Portuguesa (www.portaldalínguaportuguesa.org), encontras uma aplicação gratuita que te permitirá converter o conteúdo de ficheiros de texto para a grafia que está, neste momento, a ser introduzida.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

JOSÉ NIZA - 1938-2011

José Niza fez de grandes poemas grandes canções. Partiu hoje aos 73 anos.
A música “E Depois do Adeus”, interpretada por Paulo de Carvalho, e que ficou para a história como uma das senhas musicais do Movimento das Forças Armadas na revolução de 25 de Abril de 1974, foi escrita por si.

domingo, 18 de setembro de 2011

POEMA


De tarde, no campo, nenhum pássaro cantou;
e só neste fim de dia um vento traz o assobio
da primavera melancólica: despedidas,
imagens breves, nenhuma inspiração. O sopro nocturno,
porém, anuncia um reflexo de espelho no fundo
do corredor. A voz surge de um dos quartos
em que a ausência se perde. Um baço
murmúrio se aproxima do gemido que evoca
o mar - sem que a onda se decida, quebrando
o som agonizante. Então, abro a porta
e chamo-te; sabendo que só a noite me responderá.

Nuno Júdice, in «Poesia Reunida 1967 -2000»,

o prazer da matemática


... é o título de uma colecção de livros da Gradiva.

«Não há homens mais inteligentes do que aqueles que são capazes de inventar jogos. É aqui que o seu espírito se manifesta mais livremente. Seria desejável que existisse um curso inteiro de jogos tratados matematicamente.» Leibniz, 1715

Alguns livros desta coleção acabaram de chegar à nossa biblioteca. Se gostas de desafios, passa por lá e aventura-te...Os títulos são sugestivos!

"O festival mágico da matemática"

"Ah, apanhei-te!" -( paradoxos de pensar e chorar por mais...)

"Rodas, vida e outras diversões matemáticas"

"Matemática, magia e mistério"

"Jogos, conjuntos e matemática" - (enigmas e mistérios)

"Matemáquinas" -(o ponto de encontro da matemática com a tecnologia)

"Círculos viciosos e o infinito" - (antologia de paradoxos)

"Aventuras matemáticas"

domingo, 11 de setembro de 2011

A viagem começa amanhã...


Que voz é essa
que vem da floresta
e não do meu coração?

Pois os pássaros não cantam apenas
na minha imaginação?

Existem em cor e penas
na realidade desta canção
de mim tão alheia?

Ó pássaro autêntico,
volta a ser ideia.
JOSÉ GOMES FERREIRA

terça-feira, 6 de setembro de 2011

novo ano, novas vidas


A Biblioteca deseja a todos um bom regresso às aulas! Esperamos por todos no mesmo sítio...Temos algumas novidades!!

NA BIBLIOTECA




O que não pode ser dito
guarda um silêncio
feito de primeiras palavras

diante do poema, que chega sempre
demasiadamente tarde,

quando já a incerteza
e o medo se consomem
em metros alexandrinos.
Na biblioteca, em cada livro,

em cada página sobre si
recolhida, às horas mortas em que
a casa se recolheu também
virada para o lado de dentro,

as palavras dormem talvez,
sílaba a sílaba,
o sono cego que dormiram as coisas
antes da chegada dos deuses.

Aí, onde não alcançam nem o poeta
nem a leitura,
o poema está só.
E, incapaz de suportar sozinho a vida, canta.



MANUEL ANTÓNIO PINA
Cuidados intensivos