O CANTO DAS PALAVRAS Blogue das Bibliotecas Escolares Agrupamento de Escolas D. Manuel I - Tavira
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Rede de Bibliotecas Escolares- 20 anos.
Coletânea de testemunhos sobre a RBE realizada por ocasião das comemorações dos 20 anos do Programa Rede de Bibliotecas Escolares (2016).
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Atividades dos alunos na Biblioteca.
Trabalhos de alunos do
6A, 6B e 6C realizados na
disciplina de História, sobre a República.
Exposição de cartazes sobre as mulheres da República.
Atividade com as turmas de
1º ano: os alunos pintam a roda dos alimentos, depois de ouvirem uma história de
José Fanha, sobre a alimentação.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
sábado, 4 de junho de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
No dia 11 de maio, pelas 14.30, os monitores Fazli Mola e
Cíntia Bento, da turma 6ºA, contaram a história “O pequeno alfaiate valente”, de
Grimm, aos alunos do 1ºA da EB D. Manuel I, utilizando o teatro de papel
japonês “Kamishibai”. O Fazli a e
Cíntia realizaram a atividade com muito à vontade e fizeram ainda alguma
perguntas, no final.
domingo, 15 de maio de 2016
DIA DA FAMÍLIA
No dia 15 de Maio, celebra-se o Dia Internacional da Família, proclamado como tal pela Assembleia Geral das Nações Unidas,
através da resolução 47/237 de 20 de setembro de 1993, para destacar a
importância das famílias como unidades básicas da sociedade.
O Dia
Internacional da Família promove a reflexão e a discussão acerca do
conceito de família nas sociedades do mundo inteiro. Este dia serve também para
refletir sobre os problemas económicos, sociais e culturais que afetam as
famílias, sem esquecer o problema do decréscimo demográfico que está a atingir
as sociedades ocidentais.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
DIA DA EUROPA
O “Dia da Europa”, comemorado
a 9 de maio,
nasceu no Conselho Europeu de Milão, de 28 e 29 de junho de 1985 e foi celebrado
pela primeira vez em 1986.
No dia 9 de maio de 1950, pelas 16h00, Robert
Schuman, o então ministro francês dos Negócios Estrangeiros, apresentou, no
Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, em Paris, uma proposta com as bases
fundadoras do que é hoje a União Europeia.
Esta proposta, conhecida como "Declaração
Schuman", baseada numa ideia originalmente lançada por Jean
Monnet, trazia consigo valores de paz, solidariedade, desenvolvimento económico
e social, equilíbrio ambiental e regional e incluía a criação de uma
instituição europeia supranacional incumbida de gerir as matérias-primas que
nessa altura constituíam a base do poderio militar: o carvão e o aço.
Por se considerar que esse dia foi o marco
inicial da União Europeia, os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de
Milão de 1985, decidiram consagrar o dia 9 de maio como "Dia da
Europa".
sexta-feira, 6 de maio de 2016
domingo, 1 de maio de 2016
Quando
Eu For Pequeno
Quando
eu for pequeno, mãe,
quero
ouvir de novo a tua voz
na
campânula de som dos meus dias
inquietos,
apressados, fustigados pelo medo.
Subirás
comigo as ruas íngremes
com
a certeza dócil de que só o empedrado
e
o cansaço da subida
me
entregarão ao sossego do sono.
Quando
eu for pequeno, mãe,
os
teus olhos voltarão a ver
nem
que seja o fio do destino
desenhado
por uma estrela cadente
no
cetim azul das tardes
sobre
a baía dos veleiros imaginados.
Quando
eu for pequeno, mãe,
nenhum
de nós falará da morte,
a
não ser para confirmarmos
que
ela só vem quando a chamamos
e
que os animais fazem um círculo
para
sabermos de antemão que vai chegar.
Quando
eu for pequeno, mãe,
trarei
as papoilas e os búzios
para
a tua mesa de tricotar encontros,
e
então ficaremos debaixo de um alpendre
a
ouvir uma banda a tocar
enquanto
o pai ao longe nos acena,
lenço
branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando
que vai voltar porque eu sou
[pequeno
e
a orfandade até nos olhos deixa marcas.
José Jorge Letria, in "O Livro Branco da
Melancolia"
Pequeno
Poema
Quando
eu nasci,
ficou
tudo como estava.
Nem
homens cortaram veias,
nem
o Sol escureceu,
nem
houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida
das dores,
a
minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando
eu nasci,
não
houve nada de novo
senão
eu.
As
nuvens não se espantaram,
não
enlouqueceu ninguém...
Pra
que o dia fosse enorme,
bastava
toda
a ternura que olhava
nos
olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama, in “Antologia Poética”
quinta-feira, 28 de abril de 2016
NOVIDADES EDITORIAIS
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a
leitura autónoma.
Autora dos êxitos Será Que Tudo Me Acontece Por Acaso? e O Primeiro Ano de Uma Escola Fantástica, Margarida Fonseca Santos volta a surpreender com a
criatividade da sua escrita. Neste livro somos transportados até S. Pedro de
Moel, onde o jovem Daniel costuma passar as férias de Verão. Este ano, além de
reencontrar os amigos dos anos anteriores conhece um amigo novo que vem do
mundo dos sonhos e tem a forma de um belíssimo peixe azul. Mas este peixe é
apenas o início de uma espantosa série de peripécias que irão suceder.
Imperdível!
O Peixe
Azul de Margarida Fonseca Santos
Uma enorme aventura aguarda a irmã mais velha. A Maria vai
estudar um ano para os Estados Unidos da América e deixa para trás uma família
muito ansiosa e um namorado que não aguenta nada bem a sua ausência! Um mundo
de emoções e muita agitação aguarda-a nesta sua inesquecível experiência do
outro lado do Atlântico. A Maria parte cheia de entusiasmo por ter uma nova
escola, uma nova família e uma nova “irmã”. Contudo, a pouco e pouco, vai-se
sentindo dividida entre dois mundos separados por um oceano. Será que aguenta o
embate? A separação? As saudades? É tudo tão diferente! Por um lado, a
novidade: os bailes, as festas, as aulas, os novos professores, os colegas, a
família e, quem sabe, uma nova paixão… Por outro, aquela dor no coração que não
a deixa esquecer o seu Portugal, a sua família, os seus amigos… E tudo piora
com a aproximação do Natal! Como irá a Maria resolver este desafio tão
complicado, quando tem apenas 17 anos?
Maria
Atravessa o Atlântico,
de Margarida Fonseca Santos e Maria João Lopo de
Carvalho
segunda-feira, 25 de abril de 2016
EU SOU PORTUGUÊS AQUI
Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento
norte
amante certo da morte
no silêncio da
agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do
medo.
Sempre a apostar na
viagem
quando os frutos
amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum
marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da
aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do
sangue
que empapa a terra que
piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que
embrulho,
do alto da minha
esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do
desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a
saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada
no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.
Eu sou português aqui
Obras de José Fanha
sábado, 23 de abril de 2016
DIA MUNDIAL DO LIVRO
Os Livros Estão Sempre Sós
Os livros estão sempre sós. Como nós. Sofrem
o terrível impacto do presente. Como nós. Têm o dom de consolar, divertir,
ferir, queimar. Como nós. Calam a sua fúria com a sua farsa. Como nós. Têm
fachadas lisas ou não. Como nós. Formosas, delirantes, horrorosas. Como nós.
Estão ali sendo entretanto. Como nós. No limiar do esquecimento. Como nós.
Cheios de submissão ao serviço do impossível. Como nós.
Ana Hatherly, in “Tisanas”
A 23 de abril de 2016 comemora-se o 400º
aniversário da morte dos escritores Shakespeare e Cervantes,
reconhecidos dramaturgos que escreveram histórias imortais como “Romeu e
Julieta” e “D. Quixote de la Mancha”.
Para homenagear este aniversário foi
instituído em 1996, pela UNESCO, o Dia Mundial do Livro que se comemora, desde
então, a 23 de abril.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
DIA MUNDIAL DA TERRA
Vamos conservar o nosso planeta!
O dia Mundial da Terra é comemorado no dia 22 de abril.
A data surgiu nos Estados Unidos na década de 70 quando o senador
Gaylord Nelson organizou o primeiro protesto nacional contra a poluição.
Mas foi só a partir da década de 90 que a data se
internacionalizou, ou seja, outros países também passaram a celebrar a data.
Aproveite esta época para fazer alguma coisa boa para o planeta mãe
Terra, como plantar uma árvore, convocar os amigos para ajudar a recolher o lixo
da praça ou parque que você frequenta, colocar lixeiras perto dos rios ... e muito mais pode ser feito.
O importante é passar a mensagem da importância de cuidar do nosso
planeta. Afinal esta é a nossa casa.
sábado, 16 de abril de 2016
ABRIL
Brinca a manhã feliz e descuidada,
como só a manhã pode brincar,
nas curvas longas desta estrada
onde os ciganos passam a cantar.
Abril anda à solta nos pinhais
coroado de rosas e de cio,
e num salto brusco, sem deixar sinais,
rasga o céu azul num assobio.
Surge uma criança de olhos vegetais,
carregados de espanto e de alegria,
e atira pedras às curvas mais distantes
– onde a voz dos ciganos se perdia.
EUGÉNIO DE ANDRADE
In Os
Amantes sem Dinheiro, 1950
CASA NA CHUVA
A
chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não
sei porque voltou esta tarde
se
minha mãe já se foi embora,
já
não vem à varanda para a ver cair,
já
não levanta os olhos da costura
para
perguntar: Ouves?
Ouço,
mãe, é outra vez a chuva,
a
chuva sobre o teu rosto.
EUGÉNIO
DE ANDRADE
Escrita
da Terra, 1974
quinta-feira, 14 de abril de 2016
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Dia Internacional do Beijo
O INSTANTE ANTES DO BEIJO
Não quero o primeiro beijo:
basta-me
O instante antes do beijo.
Quero-me
corpo ante o abismo,
terra no rasgão do sismo.
O lábio ardendo
entre tremor e temor,
o escurecer da luz
no desaguar dos corpos:
o amor
não tem depois.
Quero o vulcão
que na terra não toca:
o beijo antes de ser boca.
Mia Couto, in “Tradutor de Chuvas”
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