
O CANTO DAS PALAVRAS Blogue das Bibliotecas Escolares Agrupamento de Escolas D. Manuel I - Tavira
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
SEMPRE!!!

Não podemos
deixar
que a liberdade seja
tornada em amargor
ou sonho apenas
feito de memória-luz, fragor
O cravo uma metáfora
que se esgueira.
Vinte e Cinco de Abril à beira-Tejo
Perigando e oscilante
a desfolharem-na,
da sua utopia, enquanto dela
sabemos de salvar e tanto
querer, por quem sempre
lutou para ser lume
Em tumulto de asa
quando voa, bela
redentora e visionária
A transformar
o mundo
e já mudando
Rútila
audaz
e passionária
deixar
que a liberdade seja
tornada em amargor
ou sonho apenas
feito de memória-luz, fragor
O cravo uma metáfora
que se esgueira.
Vinte e Cinco de Abril à beira-Tejo
Perigando e oscilante
a desfolharem-na,
da sua utopia, enquanto dela
sabemos de salvar e tanto
querer, por quem sempre
lutou para ser lume
Em tumulto de asa
quando voa, bela
redentora e visionária
A transformar
o mundo
e já mudando
Rútila
audaz
e passionária
Maria Teresa Horta
Lisboa, 25 de Abril de 2011
Lisboa, 25 de Abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
dia mundial do livro

Somos a tinta fresca em folha áspera.
A capa dura. Aquilo que procura. Somos a História.
Desde sempre. O terramoto de 55 e a revolução de 74.
Somos todos os nomes. As pessoas do Pessoa.
Alexandre Herculano e Ramalho Ortigão.
O mundo na mão.
Ponto de encontro. De quem pensa. De quem faz pensar.
Temos pele enrugada de acontecimento. As páginas são nossas.
E o pó que descansa na capa também. Sabemos falar
de guerra e paz, explicar a origem das espécies e dizer qual
a causa das coisas. Somos o que temos. A tradição e a vocação.
A atenção. A opinião. A história de dor e de amor.
Somos o nome do escritor. A mão do leitor.
SOMOS LIVROS.
in "Público", 23 de Abril 2011
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DIA DO LIVRO,
literatura,
livro
quarta-feira, 20 de abril de 2011
do rio que tudo arrasta...

Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem.
Bertold Brecht
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem.
Bertold Brecht
quinta-feira, 14 de abril de 2011
à cata de novos leitores

CATA LIVROS é o novo projecto desenvolvido pela equipa GULBENKIAN/CASA DA LEITURA que utiliza a internet para aproximar os jovens leitores de um conjunto de títulos essenciais da literatura para infância e juventude, com destaque para a produção nacional, assentando no carácter lúdico e interactivo das narrativas e desafios propostos. A apresentação do sítio CATA LIVROS realizou-se no dia 5 de Abril, pelas 15 horas, na sala infantil da Biblioteca Municipal de Oeiras. Os livros abordados são escolhidos segundo critérios de qualidade literária e estética, mas também de representatividade histórica e estilística, sem descurar a atenção ao texto e ao grafismo. Cada mês terá um tema diferente (para começar, por exemplo, «Histórias de bichos estranhos») e, dentro desse tema, um livro destacado e, pelo menos, dezanove outros abordados de modos diversos. AQUI
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ler é...,
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
regressou
sexta-feira, 8 de abril de 2011
e o vencedor será...
Os nossos agradecimentos a todas as equipas participantes (aqui desordenadas aleatoriamente!):
- Dit
- Asa
- M.D.J.
- Shakes e Fidget
- The best girls
- Damas
- Boys dead
- Os melhores
- Candies
- Street boys
- Mini-malaguetas
- Bolas de Berlim
- Pastelitos de nata
- As coelhas da Páscoa
- Xuxus
- @páscoa
- Cracks da leitura
toca a ler e a correr

Para acabar o 2º Período em beleza, a Biblioteca levou a cabo um Bibliopaper com equipas do 2º ciclo. Como a rapaziada gosta muito de correr e...um bocadinho menos de ler, juntaram-se as duas numa só...para correr deveriam ler cada quadra com atenção...Boa malha!!!
Seguem-se as quadras:
1.º posto
Neste espaço que é vosso
As mochilas podem guardar
Como às vezes não chegam
Têm que aprender a partilhar.
2.º posto
O que agora vamos testar
É se estão prontos a ler
Tentem lá adivinhar
Onde é que vão já a correr…
3.º posto
Segunda prova superada,
É tempo de ir conhecer
O espaço mais novo do Agrupamento
Onde começam a aprender.
4.º posto
Mens sana in corpore sanu
É latina esta expressão
Fala da saúde da mente e do corpo
Que devemos sempre ter em atenção.
5.º posto
Se vos apetece já lanchar
É melhor isso esquecer
Pois hão-de antes procurar
A próxima prova a fazer…
6.º posto
Já estão perto do final
Ao início devem voltar
Rapidez é palavra-chave
Para quem quer ganhar.
Esperamos que tenham gostado
E que voltem a participar
Agora é esperar pelos resultados
Que depois vamos afixar.
É importante lembrar
Que a leitura é um prazer
E é muito bom passar
Algum tempo a ler!!
terça-feira, 5 de abril de 2011
a outra lógica

Descoberta da «outra» matemática
Ai o ponteiro da tortura
naquela sala
que a matemática tornava mais escura
em vez de iluminá-la.
Felizmente só o nada-de-mim ficava lá dentro.
O resto corria no pátio-em-que-nos-sonhamos
pássaro a aprender os cálculos do vento
aos saltos para os ramos.
Mas só quando voltava para casa à tardinha
encontrava a minha verdadeira matemática à espera
na lógica dura das teclas do piano,
no perfil-oiro-pedra da vizinha,
na flauta de água macia do tanque-
chuva de Mozart nos zincos da Primavera…
José Gomes Ferreira
segunda-feira, 4 de abril de 2011
sentidos alerta
Durante a tarde de 23 de Março, a professora e artísta plástica Paula Rodriges orientou um workshop dirigido a todas as turmas da Escola da Estação O tema foi a poesia e a partir de poemas os alunos foram desafiados a realizar algumas pinturas, que se encontram expostas na biblioteca. Aqui fica um cheirinho do que por lá se pode apreciar...
" Mar"

A tua presença iluminará o meu ser
e elevar-se-á ao infinito, ao mais alto,
como uma chama acesa dentro do meu peito...
E cessando sobre uma onda enrolada
na areia de uma praia,
que depois "morre" e acaba em nada!
" Aurora Boreal"
És o meu sonho do deserto,
Luz intensa que me aquece a Alma,
Ao anoitecer fez-se o certo,
no que parece uma ilustre Aurora... .
"Luz de uma flor"

Essa luz que mostras, encanta-me!...
encanta-me de verdade.
Pois com ela criaste a flor
que fez do pensamento, a palavra...
...saudade!!!

"Nascimento do Mar"
Ó tu meu belo mar de encanto,
nasceste como um embrião,
no deserto fez-se o embalar,
para navegar contigo no calor desta emoção...
domingo, 3 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
recordo-me dele

Li este texto há mais de um ano, mas ainda me lembro do poder da sua última frase. As recordações partilhadas enriquecem qualquer um e, por isso, pedi autorização à autora deste texto, a professora Marta Paiva, para o publicar neste canto.
No dia 17 de Janeiro fez precisamente quinze anos que Miguel Torga morreu. Lembro-me como se fosse hoje. Tal como me lembro das vezes em que, adolescente, me cruzei, em Coimbra, com esse homem que parecia feito de pedra, da pedra de Trás-os-Montes, que ele tanto amava. Nessa altura, o livro «Novos Contos da Montanha» fazia parte do programa do 8.º ano. Acreditem que era bem mais difícil do que «Sexta-Feira ou a Vida Selvagem» ou «O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá»!! Por isso, olhava para Miguel Torga com um misto de admiração e raiva por ter escrito aquele livro cuja leitura tinha sido tarefa tão árdua. Sentia um certo fascínio por aquela figura, pois achava que a pedra de que me parecia feito seria apenas uma capa ou uma armadura. Mais tarde, ao penetrar na sua obra, pude comprová-lo: era, afinal, feito de uma grande humanidade!Hoje, lamento nunca o ter interpelado. Talvez tivesse conseguido arrancar-lhe um sorriso. Um sorriso que seria só meu.
Marta Paiva
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