sexta-feira, 18 de novembro de 2011

uma relação de amor


Há uma condição essencial para que a leitura seja, de facto, apaixonante e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, “o verbo ler não suporta o imperativo”. Quando transformada em obrigação, a leitura resume-se a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a atrair e prender o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.

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