domingo, 4 de novembro de 2018


TEXTO SOBRE O DIA DE LOS MUERTOS

No México, celebra-se no dia 1 e 2 de novembro o “Día de Los Muertos”. Na nossa escola, Escola Básica D. Manuel I – Tavira, foi feita uma exposição alusiva a este tema e cuja finalidade é dar a conhecer à comunidade escolar a tradição mexicana.
No ano de 2015, foi filmado no México, o desfile do “Día de los Muertos” que apareceu no início do filme “Spectre 007” de James Bond, que se celebra no dia 1 e 2 de novembro. Segundo a tradição mexicana, no dia 1 descem as almas das pessoas adultas e no dia 2 de novembro descem as almas das crianças. Neste mesmo ano, a Unesco decretou esta festa como Património Imaterial da Humanidade.
 De acordo com a tradição mexicana, nestes dias fazem-se três tipos de altares diferentes. O altar em casa que tem três degraus e é o que está representado no centro da mesa da nossa escola, o altar do cemitério que tem sete degraus e o altar tzompantli, que era feito antigamente pelos aztecas, cuja estrutura era feita em madeira e que prestava homenagem ao senhor do Inframundo (Diabo). Este altar era feito com os crânios dos guerreiros que perdiam as batalhas e que depois dos aztecas lhes tirarem o escalpe colocavam os crânios nestes altares em fila. Atualmente, este altar é feito no Zocalo, frente à Camara Municipal da cidade do México, cuja estrutura é feita em aço e os crânios não são verdadeiros. Seguidamente, temos também representado neste altar dois esqueletos aztecas que transportam para o altar tzompantli dois crânios. Eles faziam isto para prestar homenagem ao seu Deus mas também para pedir proteção para as suas colheitas.
O outro altar está decorado com velas, flores, comida, foto, a caveira tipicamente mexicana, o sal e o arco. No último degrau coloca-se sempre um arco feito com as flores de Cempasúchil que representa a ultima etapa, ou seja, para os mexicanos a alma da pessoa que morreu tem que passar por 7 etapas diferentes até estar totalmente purificada. Quando chega ao último degrau significa que a alma está pronta para fazer a passagem de um mundo para o outro.
As flores de Cempasúchil assim como as velas servem para iluminar e indicar o caminho desde o altar feito no cemitério até ao altar de casa e vice-versa. A fotografia que é posta no último degrau junto do arco serve para recordar a pessoa que faleceu porque se não for colocada no altar depois de a pessoa ter morrido e passar para o reino dos mortos ela é totalmente esquecida. O sal serve para purificar o local e não corromper a alma do defunto quando ela desça à terra. A caveira tem um significado especial para os mexicanos, pois, ela não representa a morte mas sim a longevidade. No México quando se oferece uma caveira a alguém estamos a desejar-lhe uma longa vida. Existem caveiras de todo tipo, de cerâmica, de chocolate e de pasta de açúcar. As últimas são comestíveis mas têm o mesmo significado. No altar também se coloca a comida que o morto mais gostava para lhe prestar homenagem.
A Catrina representa a morte, mas também é a representação caricaturesca da mulher da alta sociedade do final do século XIX princípios do século XX que passeava pelas principais ruas das Avenidas do México na parte da tarde, com vestidos de rendas e um chapéu com flores e duas penas de avestruz. O nome Catrina provém do nome Catrin que significa mulher bem vestida, elegante, distinguida.

Professora Olívia Valente















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