quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

NOVIDADES EDITORIAIS


JERUSALÉM- Gonçalo M. Tavares


Theodor, um reputado médico, tem como grande objetivo de vida encontrar uma teoria que explique a história e futuro da maldade gratuita que repetidamente se encontra nos grandes massacres de povos sem defesa, cujo exemplo mais recente é o Holocausto. Que se consiga reduzir a um conjunto de fórmulas que permita deduzir o futuro da humanidade. Estas poderão traduzir um ciclo que simplesmente se repetirá sem fim, ou que aumentará ou diminuirá gradualmente ao longo dos séculos, mas, em qualquer dos três casos, o cenário resultante será apocalíptico. Na sua vida pessoal, Theodor leva ao extremo a sua tentativa de tudo explicar, ao casar com uma mulher desequilibrada mentalmente, Mylia.
Gomperz, diretor do manicómio, é um redutor de faculdades mentais. Tudo simplifica, dentro dos hábitos dos seus doentes e dentro das suas cabeças, até julgar que se comportam de forma correta e pensam de forma correta. E convence-se que o seu método resulta, iludido pelo comportamento dos seus doentes e pela reputação que granjeia na comunidade.



O Caderno Vermelho da rapariga Karateca
  Ana Pessoa



N não é uma menina, é karateca.
N tem 14 anos, quase 15, e o seu maior sonho é ser cinturão negro e beijar o Raul.
N gosta de escrever, mas prefere lutar com o Raul.
(Escrever é uma seca.)
Isto não é um diário. Não tem chave, não tem segredos.
(Sim, tem segredos.) Também tem vontade própria, páginas movediças, palavras como «diarreia» e «romântico» e personagens como a bruxa má que quer aprender a ser boa e a mosca que não sabia quem era.
Isto é o Caderno Vermelho da Rapariga Karateca. O objeto preferido de N, um animal de estimação, uma personagem, uma pessoa de verdade.
(O que é a verdade?)
O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca é a primeira obra de Ana Pessoa e venceu a última edição do prémio Branquinho da Fonseca — Expresso/Gulbenkian, na modalidade Juvenil. Com este título, o Planeta Tangerina inaugura a coleção para leitores mais crescidos Dois Passos e Um Salto.

Aconselhado pelo Plano Nacional de Leitura


O Senhor Valéry e a lógica
Gonçalo M. Tavares




O senhor Valéry é um conjunto de vinte e cinco micro-histórias protagonizadas por um senhor franzino e de pequena estatura que não gosta de ser posto em causa e é, no fundo, um solitário [...]

Lemos este livro recordando Lewis Carroll e com a permanente impressão de estarmos a ser interpelados na nossa lógica de seres, por assim dizer, normais [...]

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